A psicóloga

A psicóloga

Certo dia uma psicóloga estava a fazer a sua caminhada noturna quando se deparou com um adulto esbravejando com uma criança. Ela não teve dúvidas e se dirigiu ao adulto questionando o por que de tamanha severidade. O adulto se identificou como o pai da criança e estava furioso com o menino, pois este havia roubado um saco de bala do supermercado.A psicóloga não aceitou e disse que se caso o pai não cessasse a bronca, ela iria denunciar o pai à polícia e encaminharia a criança a um Conselho Tutelar. O pai, impossibilitado diante da superioridade intelectual da psicóloga, não teve outra coisa a fazer a não ser se retirar envergonhado
na frente de seu filho.
Passou alguns anos e a psicóloga foi trabalhar numa prisão. Chegando lá, ela foi direcionada aos detentos de maior periculosidade. Quando iniciou a sessão, eis que a mesma se surpreende. Um garoto, franzino e com uma malandragem estampada no rosto. Ela pergunta: Eu conheço você? E o garoto com uma sensação de superioridade, responde: Claro, foi a senhora que me ensinou a enfrentar o meu velho. A psicóloga ficou arrasada e saiu da sala e nunca mais retornou. O garoto permaneceu ali durante vinte anos e o pai ficou no passado, impossibilitado de cumprir o maior dever que compete a um pai: o de educar seu filho.

“Eduquem as crianças para não castigarem os adultos.”

(Pedro Souza)